Ponto de condução pra ir pra não sei pra onde.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Um garoto e um velhinho.


- Porque a sua cabeça é uma bússola?

- Eu diria, meu garoto que dizer é pouco e fácil.

- Há um beco, uma avenida e um tênis pra calçar?

- A todos que perguntam, eu escrevo porque est... r~o~u~co!~

- Só notei na última palavra.

Cof cof cof .

- Passo horas me anotando num papel.
Não seria bem pior se falasse com o espelho?
Achariam que preciso de um Doutor.
Mas , mas , mas ...não seria bem pior se eu tivesse um joelho
no lugar do sinalzinho que eu herdei da vovó?
Tem gente que nasceu pra ser de sonho
E que tem milhões de chaves pra uma gaveta só.

- Mas as chaves são diferentes?

- Sim sim, cada uma de uma cor. Cof cof cof...

- Pena que são todas pra uma gaveta só!

- Vai ver existem fechaduras iguais e gavetas iguais em cada canto do mundo.

- E se juntar tudo o que tem dentro das gavetas iguais de pessoas que tem milhões de chaves pra uma gaveta só?

- Sei lá, talvez possa nascer uma linda canção progressiva.


Do amor.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012





Como a maioria das mulheres, vi comédias românticas demais.
Sonhei príncipes encantados, situações loucas , finais felizes e
personagens de filme como o meu projeto de homem ideal.
Sofri, fiz outras pessoas sofrerem. Enlouqueci.
Esperei demais , assim como esperaram muito de mim também.

Depois de algumas muitas desilusões e lágrimas, com o coração dividido em mil pedaços,
entrei na fase do “ Homem é tudo Igual” .
Comecei a acreditar que todos fazem a gente sofrer , todos não ligam
no dia seguinte , não são gentis , esquecem de cuidar , de preservar
o amor para que ele continue intacto.
Aí, eu reencontrei o Diego. Sempre falei dele aqui, de alguma maneira
anônima, nas entrelinhas. Mas hoje eu resolvi dizer o nome dele, que
é motivo de tanta alegria e do meu coração finalmente parecer estar
completo.
Disse reencontrei porque nos conhecemos a 4 anos atrás.
2008 foi um ano complicado pra mim. Estava no auge da minha fase
Rebeldia adolescente.
Cabelos multicoloridos, atitudes “multimpulsivas” .
Milhões de amigos instantâneos e virtuais dos quais não lembro o nome e por aí vai.
Havia mudado de colégio, pela 3° vez. Fui estudar no Madre Savina.
Mal sabia eu o que o destino (que agora acredito existir) me preparava.
Vi o Diego logo no primeiro dia de aula. Ele também me viu.
Era um garotinho fofo, menor do que eu, da turma “B”. Os cabelinhos loiros, caindo na testa. Tinha seus 13 anos.Eu já tinha 15.
Depois de mais ou menos 1 mês de aula, acabamos nos conhecendo , através do Zé Alberto, que estudava na minha sala. O primeiro assunto em comum que encontramos
foi o amor pela música.
Desde então, não o larguei mais. Intervalo, hora da saída. Estava sempre com ele, tocando violão ou simplesmente olhando.
Eu falava demais, ele tava sempre caladinho. Eu contava dos finais de semana nas festas, ele de algo que tinha feito com a família. Prestava atenção em tudo que eu dizia, tanto que hoje lembra de coisas que jamais eu lembraria que disse.
Me apaixonei por ele. Foi inevitável. Mas como eu poderia? Achava que não ia dar certo. Que ele era muito novo, que isso, que aquilo, que não sei que.
Dava pra sentir que ele gostava de mim também. Nas conversas pelo MSN, no jeito que olhava, no chocolate que levou pra me dar e no jeito tímido depois que eu, em um dia que tinha tudo pra ser comum, roubei-lhe um beijo no meio do colégio.
O Diego era meu melhor amigo. Sabia tudo de mim e me conhecia como ninguém. Dele eu não escondia nada e nunca escondi.
Acabei saindo do colégio, acabei me distanciando dele. Mas, sempre guardei dentro do coração, o menino loirinho e os olhinhos dele.
Um dia o encontrei na Central de Artesanato. Ele tava diferente. Cabelo grande, mais alto do que eu. Não sabia se abraçava, se dava um beijo no rosto, se agarrava pra não soltar.
Disse um Oi , dei um beijinho no rosto de uns 3 segundos e ele sumiu, no meio da multidão.
Depois encontrei de novo em Pedro II, no festival de inverno. Ficamos na mesma turminha.
Conversamos um pouco, mas nada aconteceu. Até que um dia os Deuses do facebook me levaram até ele, pra pedir um conselho.

Disse: “Eu sei que você e diferente. Mas porque homem faz questão de não prestar?”
E me lamentei de maaais um carinha que me fez sofrer.
“Porque ninguém gosta de mim de verdade Diego?”
Ele respondeu : “ Mas eu gosto”
“ Você gosta de mim como amigo, isso não vale”
E a resposta que mudou os meus últimos quase 4 meses .
“ Não gosto de você só como amigo” .
E agora, ele é meu namorado. E ele é tudo que eu preciso.
Começamos a namorar no segundo em que nos beijamos.
O Diego é lindo. Me diz Obrigado quase todos os dias, por estar com ele
e por retribuir o amor dele. Ele sonha um amor pra vida toda, que nem o do Avô e da Avó.
Faz eu me apaixonar todos os dias. Não olha pras mulheres na rua estando comigo. O Diego colocou uma aliança de compromisso no meu dedo. Me fez uma música. Sempre pede a minha opinião quando quer fazer alguma coisa. Me pede desculpas, olhando nos meus olhos. Sempre faz as pazes comigo depois de uns 10 minutos.Tem toda a paciência do mundo quando estou de TPM.
Me mata de rir. O Diego é cuidadoso com os irmãos pequenos. É doce com a minha bisavó. Quer estar comigo a todo segundo. Joga videogame comigo. Rouba flores dos muros na rua, pra me dar. Diz que agradece a Deus todo dia por me ter.
Entrou comigo na Igrejinha do Céu em Viçosa e rezamos pedindo que o nosso amor seja pra sempre. Me levou pra ver o por do sol na duna em Jeri. Pediu junto comigo pro mar abençoar nossas alianças. Me acha linda. Me protege , cuida de mim e eu cuido dele. E não importa o que seja, sempre está pronto pra me ajudar.
O Diego agora é tudo. Eu o admiro muito e me orgulho de ser namorada dele.
E hoje em dia eu tenho certeza. Era pra ser .